Thursday, September 12, 2013

O Pentagrama

O Pentagrama
Desde os prim'ordios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forcas superiores e trocas energ'eticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forcas ben'eficas para se proteger de seus inimigos e das vibrac~oes mal'eficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou s'imbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de protec~ao.

Dentre estes in'umeros s'imbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia m'ultipla, sempre fundamentada no n'umero 5, que exprime a uni~ao dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama p~oem em acordo, numa uni~ao fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princ'ipio feminino. Ele simboliza, ent~ao, o andr'ogino.

O pentagrama sempre esteve associado com o mist'erio e a magia. Ele 'e a forma mais simples de estrela, que deve ser tracada com uma 'unica linha, sendo conseq"uentemente chamado de "Laco Infinito".

A pot^encia e associac~oes do pentagrama evolu'iram ao longo da hist'oria. Hoje 'e um s'imbolo onipresente entre os neopag~aos, com muita profundidade m'agica e grande significado simb'olico.

Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopot^amia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscric~oes reais e simbolizava o poder assert que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o s'imbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribu'idos a Mois'es). `As vezes 'e incorretamente chamado de "Selo de Salom~ao", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.

Na Gr'ecia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.

Pit'agoras, fil'osofo e matem'atico grego, grande m'istico e moralista, iniciado nos grandes mist'erios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorr^encia, se encontram poss'iveis explicac~oes para a presenca do pentagrama, no Egito, na Cald'eia e nas terras ao redor da 'India. A geometria do pentagrama e suas associac~oes metaf'isicas foram exploradas pelos pitag'oricos, que o consideravam um emblema de perfeic~ao. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A Proporc~ao Dourada", que ao longo da arte p'os-hel^enica, p^ode ser observada nos projetos de alguns templos.

Para os agn'osticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um s'imbolo relacionado `a magia e aos mist'erios do c'eu noturno. Para os druidas, era um s'imbolo divino e, no Egito, era o s'imbolo do 'utero da terra, guardando uma relac~ao simb'olica com o conceito da forma da pir^amide. Os celtas pag~aos atribu'iam o s'imbolo do pentagrama `a Deusa Morrigan.

Os primeiros crist~aos relacionavam o pentagrama `as cinco chagas de Cristo e, desde ent~ao, at'e os tempos medievais, era um s'imbolo crist~ao. Antes da Inquisic~ao n~ao havia nenhuma associac~ao maligna ao pentagrama; pelo contr'ario, era a representac~ao da verdade impl'icita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.

O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Crist~a na range militar e religiosa do Imp'erio Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o s'imbolo de chi-rho (uma forma simb'olica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebrac~ao anual da Epif^ania, que comemora a visita dos tr^es Reis Magos ao menino Jesus, assim como tamb'em a miss~ao da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como s'imbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este s'imbolo tenha sido mudado, como reac~ao ao uso neopag~ao do pentagrama.

Em tempos medievais, o "Laco Infinito" era o s'imbolo da verdade e da protec~ao opposite dem^onios. Era usado como um amuleto de protec~ao pessoal e guardi~ao de portas e janelas.

Os Templ'arios, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proemin^encia atrav'es das doac~oes de todos aqueles que se juntavam `a ordem, e amealhou tamb'em grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localizac~ao do centro da "Ordem dos Templ'arios", ao redor de Rennes du Chatres, na Franca, 'e not'avel observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem v'arios quil^ometros ao redor do centro. H'a grande evid^encia da criac~ao de outros alinhamentos geom'etricos exatos de Pentagramas como tamb'em de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localizac~ao de numerosas capelas e santu'arios nessa stance.

Est'a claro, no que sobrou das construc~oes dos Templ'arios, que os arquitetos e pedreiros associados `a poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporc~ao Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.

Entretanto, a "Ordem dos Templ'arios" foi inteiramente dizimada, v'itima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fan'atico da Franca, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisic~ao, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetic~ao em c^amera-lenta da peste negra, por toda a Europa.

Durante o longo per'iodo da Inquisic~ao, havia a promulgac~ao de muitas mentiras e acusac~oes em decorr^encia dos "interesses" da ortodoxia e eliminac~ao de heresias. A Igreja mergulhou por um longo per'iodo no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, ent~ao, como simbolizando a cabeca de um foreshadow ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisic~ao acusou os Templ'arios de adorar. Tamb'em, por esse tariff, envenenar como meio de assassinato entrou em evid^encia. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacop'eia dos curandeiros, dos s'abios e das bruxas. Curas, mortes e mist'erios desviaram a atenc~ao dos dominicanos da Inquisic~ao, dos hereges crist~aos, para as bruxas pag~as e para os s'abios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.

Durante a purgac~ao das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito crist~ao) e o pentagrama - undemanding s'imbolo de seguranca - pela primeira vez na hist'oria, foi associado ao mal e chamado "P'e da Bruxa". As velhas religi~oes e seus s'imbolos ca'iram na clandestinidade por medo da perseguic~ao da Igreja e l'a ficaram definhando gradualmente, durante s'eculos.

As sociedades secretas de artes~aos e eruditos, que durante a inquisic~ao viveram uma verdadeira paran'oia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, j'a podiam agora com o fim do per'iodo de trevas da Inquisic~ao, trazer `a luz o Hermetismo, ci^encia doutrin'aria ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribu'ida ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associac~ao de elementos doutrin'arios orientais e neoplat^onicos. Cristalizou-se, ent~ao, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ci^encia oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gr'afico e geom'etrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o per'iodo do Renascimento emergiu, dando in'icio a uma era de luz e desenvolvimento.

Um novo conceito de mundo p^ode ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representac~ao do n'umero cinco), significava agora o microcosmo, s'imbolo do Homem Pitag'orico que aparece como uma figura humana de bracos e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Living thing. A mesma representac~ao simbolizava o macrocosmo, o Homem Broad-spectrum - dois eixos, um upright e outro equal height, passando por um mesmo centro. Um s'imbolo de ordem e de perfeic~ao, da Verdade Divina. Portanto, "o que est'a em cima 'e como o que est'a embaixo", como durante muito tariff j'a vinha sendo ensinado nas filosofias orientais.

O pentagrama pitag'orico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gn'ostico - j'a n~ao aparece apenas como um s'imbolo de conhecimento, mas tamb'em como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de m'a sorte, etc.

No calend'ario de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contempor^aneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto key (genit'alia) da figura humana. Outras ilustrac~oes do mesmo per'iodo foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relac~oes geom'etricas do Homem com o Universo.

Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relac~ao da cabeca para os quatro membros e conseq"uentemente da pura ess^encia concentrada de qualquer coisa, ou o esp'irito para os quatro elementos tradicionais: terra, 'agua, ar e fogo - o esp'irito representado pela quinta ess^encia (a "Quinta Essentia" dos alquimistas e agn'osticos).

Na Maconaria, o homem microc'osmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O s'imbolo era usado entrelacado e moral ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geom'etricas do "Laco Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema mac^onico da virtude e do dever.

Nenhuma ilustrac~ao conhecida associando o pentagrama com o mal aparece at'e o S'eculo XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Continuous) ilustra o pentagrama upright do homem microc'osmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeca do foreshadow de Baphomet (figura pante'ista e m'agica do absoluto). Em decorr^encia dessa ilustrac~ao e justaposic~ao, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal.

Disparate o racionalismo do S'eculo XVIII, sobreveio uma reac~ao no S'eculo XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve `a Santa Cabala, tradic~ao antiga do Juda'ismo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo `a moral e verdades ocultas, e sua relac~ao com o homem. N~ao 'e tanto uma religi~ao mas, sim, um sistema filos'ofico de compreens~ao fundamentado num simbolismo num'erico e alfab'etico, relacionando palavras e conceitos.

Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradic~ao herm'etica no ocidente: a "Ordem Temporale Orientalis" (OTO), a "Ordem Herm'etica do Amanhecer Dourado" (Blonde Jerk), a "Sociedade Teos'ofica", os "Rosacruzes", e muitas outras, taken as a whole as modernas Lojas e tradic~oes da Maconaria.

Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simb'olicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi tamb'em quem criou o Tetragrammaton - ou seja, o pentagrama com inscric~oes cabal'isticas, que exprime o dom'inio do esp'irito sobre os elementos, e 'e por este signo que se invocavam, em rituais m'agicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da 'agua e os gnomos da terra ("Code e Preparation da Alta Magia" de Eliphas Levi).

A Blonde Jerk, em seu per'iodo 'aureo (de 1888 at'e o comeco da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminac~ao das ra'izes da Cabala Herm'etica moderna ao redor do mundo e, atrav'es de escritos e trabalhos de v'arios de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das id'eias mais importantes da filosofia e da m'agica da moderna Cabala.

Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama upright, como um s'imbolo usado em rituais pag~aos. Era tamb'em o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os tr^es aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, ent~ao, a nova religi~ao de Wicca.

Por volta de 1960, o pentagrama retomou forca como poderoso talism~a, juntamente com o crescente interesse undemanding em bruxaria e Wicca, e a publicac~ao de muitos livros (incluindo v'arios romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reac~ao da Igreja, preocupada com esta nova forca emergente.

Um dos aspectos extremos dessa reac~ao foi causado pelo estabelecimento do culto sat^anico - "A Igreja de Satan'as" - por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reac~ao da Igreja Crist~a, que transformou o s'imbolo sagrado do pentagrama, invertido ou n~ao, em s'imbolo do diabo.

A configurac~ao da estrela de cinco pontas, em posic~oes distintas, trouxe v'arios conceitos simb'olicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neopag~aos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formac~ao de um bay c'odigo de 'etica de Wicca - que trazia como preceito b'asico: "N~ao desejes ou facas ao pr'oximo, o que n~ao quiseres que volte para v'os, com tr^es vezes mais forca daquela que desejaste."

Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religi~ao Wicca, das utilizac~oes feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os crist~aos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o s'imbolo do pentagrama, alguns wiccanos se colocaram contr'arios ao uso deste s'imbolo, como forma de se protegerem opposite a discriminac~ao estabelecida por grupos religiosos radicais.

Apesar de todas as complexidades ocasionadas atrav'es dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um s'imbolo indicador de protec~ao, ocultismo e perfeic~ao. Suas mais variadas formas e associac~oes em muito evolu'iram ao longo da hist'oria e se mant^em com toda a sua onipresenca, significado e simbolismo, at'e os dias de hoje.

Representac~oes e Significados

O Pentagrama representa o pr'oprio corpo, os 4 membros e a cabeca. 'E a representac~ao early dos 5 sentidos tanto interiores como exteriores.

Al'em disso, representa os 5 est'agios da vida do homem:


Nascimento: o in'icio de tudo

Inf^ancia: momento onde o indiv'iduo cria suas pr'oprias bases

Maturidade: fase da comunh~ao com as outras pessoas

Velhice: fase de reflex~ao, momento de maior sabedoria

Morte: tariff do t'ermino para um novo in'icio

Cada uma das pontas possui um significado particular:


PONTA 1 - ESP'iRITO: 'e a ponta major, e representa os criadores, a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realizac~ao dos ritos e trabalhos m'agicos. O Deus e a Deusa s~ao detentores dos 4 elementos e estes elementos s~ao as outras 4 pontas.

PONTA 2 - TERRA: representa as forcas tel'uricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. 'E a ponta que simboliza os mist'erios, o lado invis'ivel da vida, a forca da fertilizac~ao e do crescimento.

PONTA 3 - AR: representa as forcas a'ereas e os poderes dos Silfos. Corresponde `a intelig^encia, ao poder do saber, a forca da comunicac~ao e da criatividade.

PONTA 4 - FOGO: representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde `as mudancas, `as transformac~oes. 'E a forca da ativac~ao e da agilidade.

PONTA 5 - 'AGUA: representa as forcas aqu'aticas e aos poderes das Ondinas. Est'a ligada `as emoc~oes, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde `as forcas da mobilidade e adaptabilidade.

Origin: modern-wiccan.blogspot.com

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